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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Like a drum, baby, don't stop beating.

 Ser é mãe difícil, né? A gente sente tanto amor que não cabe na gente, sei lá. Dá vontade de chorar, de rir. A gente pira só de pensar em morrer, ou em perder os filhos. Não existimos sem eles.
 Já comentei aqui que tive uma época suicida, pois é, até tentar me enforcar já tentei. Sorte (que pra mim, na época, foi azar) que chegaram a tempo...Agora quando eu paro pra pensar nisso, acho bobagem, sabe? Eu não me imagino numa situação dessas outra vez, eu não tenho mais porquê. Ou melhor, agora eu tenho o porquê, o porquê de continuar, de viver, de ser melhor. Eu tenho pra quem.
 Cara, imagino que muitas de vocês sabem como é tentar ser forte todo dia, tentar lutar contra você mesma. Contra coisas que você pensa, que você sente. Eu passei por uma fase feia, de me cortar, de usar alucinógenos, de ficar uma semana inteira sem banho, sem comer. Só na cama, lendo. Eu realmente não tinha forças pra melhorar, pra mudar, pra levantar e sacudir a poeira. Sabe, quando você ta num ponto que realmente fica louca, que não aguenta mais sentir o que você sente, pensar o que você pensa, ser quem você é. E você não tem força pra lutar contra isso, simplesmente não tem, não dá. Você tem que ficar dando satisfação até quando vai no banheiro (isso se não tivesse que ir de porta aberta) porque as pessoas acham que você vai fazer alguma coisa contra si mesma. Mas tem hora que nem isso da vontade de fazer, você só fica lá, existindo, esperando tudo acabar de algum jeito. Esperando sofrer algum acidente quando ia ou voltava do psiquiatra, toda semana.
 Gente, isso não vale a pena. Realmente parece o fim do mundo pra quem está dentro, mas TUDO tem solução. Menos a morte. Eu aprendi isso, a morte não é solução pra nada.
 Tudo que a gente precisa é encontrar motivação. No meu caso, o pulo inicial foi meu namorado. Que se interessou por mim, e me deu força pra levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Me ensinou a gostar de mim mesma, a me valorizar, a perceber que sou importante. E depois, bem, depois vieram os gêmeos e, agora sim, eu posso dizer que por causa deles eu sou o que sou. Eu sou completa.
 E minha maior lição nisso tudo foi que todos nós importamos. Nada vale uma vida. Suicídio não é o caminho, aborto não é o caminho. Todo mundo tem uma história, nada foi feito pra acabar de repente. Tudo é muito mais complexo do que a gente vê. Tudo passa, por pior que seja.
 A vida é curta, cara, a gente não tem tempo pra intriguinha e briguinha. Seja feliz, faça alguém feliz. Isso sim vale a pena.

 

Um comentário:

  1. Uns 15 minutos aqui no seu blog, já ri (até minha filha ficar brava com o barulho) e já quis chorar, mas segurei!Também engravidei aos 16 (as vezes penso que ainda tenho 16 rsrs) Amei cada post, me apaixonei pelo blog e pelos gêmeos! Continue sendo você, e por favor, continue escrevendo! Go on!
    Espero sua visita: http://www.sermaesemsermao.blogspot.com.br/

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