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sábado, 13 de julho de 2013

Sobre amamentação, vínculo mãe-filho e relactação.

BOA TARRRDE! Enfim, um post daqueles assuntos que dá trabalho pra falar...

Acho que nunca contei aqui, mas eu não tive a sorte de amamentar meus bebês exclusivamente até o 6º mês. Quer dizer, a sorte me sorriu mas eu não sorri de volta.

 O caso é que eu tinha leite suficiente (e até mais) pra suprir as necessidades dos bebês. Mas amamentar, no começo, não é fácil. As mamas doem, os mamilos racham, é cansativo, dá fraqueza....Mas, por outro lado, nos dá uma sensação enorme de "mãe". É maravilhoso produzir o alimento do seu filho e ter seu momento, ali, só com ele.
 Sim, é tudo muito bom, até que o bebê começa a ficar chorão demais, e alguém cheio de boas intenções (realmente, elas são boas) coloca AQUELA dúvida na sua cabeça: "será que ele não chora de fome?" "seu leite não é pouco não?" "nossa, acho que seu leite é fraco" E você, pra se livrar das dúvidas e dos comentários, dá a santa do pau oco fórmula (leite de vaca bombado com vitaminas que não chega aos pés do leite materno). No começo, eu tentei oferecer no copinho, e eles aceitavam, mas depois que a vovó apresentou a mamadeira quando eu estava longe...já era! Só aceitavam leite na mamadeira e no peito. Eu ordenhava leite e dava na mamadeira, mas um bico fez confusão com o outro e eles foram perdendo o interesse nas mamas da mamãe. 
 Eu fiquei mal com isso, porque o LM (leite materno) além de ser o melhor para o bebê em questões nutritivas, fortalece o vínculo da mãe com o filhote. E ta aí uma coisa que todo mundo fala, mas quase ninguém sabe ao certo o que é: Vínculo mãe-filho! O que é? De onde vem? Por que é tão importante?
Pra responder isso, vou roubar informações dos seguintes domínios: bebê.com.brGuia do Bebê e Ninho Materno.
Então, vamos lá: 


 O que é o famoso vínculo mãe-filho?

"É uma relação de afeto que se caracteriza pela reciprocidade. O cuidado da mãe para garantir a sobrevivência da criança representa e simboliza um investimento afetivo. Tais estímulos são recebidos pelo bebê, que gratifica-se com eles, ou não, e responde. Então, por exemplo, o bebê chora porque está com fome, a mãe oferece o alimento o bebê se acalma porque tem sua necessidade atendida, e isso gratifica a mãe. Estabelece-se, então, um ciclo de reciprocidade, permeado pelo afeto entre mãe e bebê. É a partir e através desse processo contínuo de interações entre a mãe e o bebê que o vínculo afetivo entre eles vai se construindo." 

Qual a origem?

"Muito antes de seu nascimento e ainda no ambiente intra-uterino, tem início a formação do vínculo entre a futura mamãe e seu bebê. Trata-se de um processo de comunicação tão complexo quanto sutil e que torna possível esta troca íntima e profunda. O vínculo é de importância vital para o feto, pois precisa se sentir desejado e amado para propiciar a continuação harmoniosa e saudável de seu desenvolvimento.
A formação do vínculo não é automática e imediata, pelo contrário, é gradativa e, portanto, necessita de tempo, compreensão e amor para que possa existir e funcionar adequadamente. É, também, fundamental para que possa compensar os momentos de preocupações e reveses emocionais maternos e que todos nós estamos sujeitos no cotidiano."

E qual a importância?

"É através dessa ligação afetiva, recíproca e ativa, que se constrói a base para outros vínculos afetivos, formados no decorrer da vida. Não seria exagero considerar que essa primeira relação assume, dentro da vida emocional do indivíduo, um papel determinante nos relacionamentos e escolhas de sua vida. É a base da confiança que o ser humano estabelece com o mundo."  

 Sabendo da importância da construção e fortificação desse vínculo, e que a amamentação é um dos principais meios pra isso, a mamãe que vos escreve ficou pesarosa por não ter insistido mais na amamentação. 
 Até que certo dia (há duas semanas), li sobre mamães adotivas que amamentavam seus bebês, e pensei comigo "se uma mulher que não tem aquela 'injeção' de hormônios que a gravidez proporciona, consegue amamentar um bebê, eu que já amamentei também posso". Fui atrás de informações e descobri uma técnica chamada RELACTAÇÃO
 Pra explicar direitinho o que é a relactação, vou usar informações dos sites que me ajudaram: amamentação, alimentação e saúde infantil e leite do peito

"Relactação é uma técnica que, ao mesmo tempo em que supre a alimentação, incentiva a sucção no peito, levando o bebê a reaprender esse mecanismo,.
Por sua vez, a sucção induz a produção do leite, pela estimulação dos hormônios prolactina e ocitocina.

O objetivo principal da Relactação é resgatar a Amamentação e a produção de leite diminuída ou perdida.

Indicada para bebês que:

• Deixaram o peito para usar  a mamadeira, e a mamãe quer voltar a amamentá-lo;
• Com sucção pouco eficiente, ordenhando pouco leite e com baixo peso;
• Que rejeitaram o peito;
• Prematuros que não conseguem ordenhar todo o leite necessário;
• Doentes – cardíacos e outros – que não podem fazer esforço
• Portadores de síndromes, caso haja dificuldades;
• Recém-nascidos cujo colostro da mãe não desceu.
• Mães que tomaram medicamentos para secar o leite e querem retomar a amamentação
• Com hipogalactia" 

 Pra fazer, é tudo muito simples: você precisa de uma mamadeira e uma seringa nasogástrica ou uretral nº 4 ou 5.

Foto1-Sonda

 "Você prepara a mamadeira com o leite artificial normalmente, como se fosse dar a mamadeira ao bebe. Depois da mamadeira pronta voce coloca um caninho bem fininho (sonda nasogástrica ou uretral, nº 4 ou 5, vide foto) dentro do bico da mamadeira. Este caninho é colocado junto ao bico do peito e os dois são colocados na boca do bebê (pode-se também gotejar algumas gotas de leite artificial em cima do peito para que a crianca queira sugar)." 

 Euzinha, mera mortal e poser de boa mãe, comecei a fazer a relactação. Sem sucção alguma eu já tinha leite (pequenas gotas), então comecei a ordenhar a cada 2 horas, beber muuuito liquido, e comer alimentos que estimulam o leite: 

"- Arroz Integral
- Aveia
- Canjica
- Castanhas
- Milho e Derivados
- Nozes
- Trigo Integral.
Beterraba
- Cenoura
- Espinafre.

 Orientações retiradas do livro: Medicina de A a Z. Páginas 85 a 86. Carlos Nascimento Spethmann. Editora Natureza. Setembro de 2004. 7ª Edição.

FRUTAS úteis que estimulam a Lactação:
- Amoras
- Morangos
- Laranja-lima
- Lima-da-pérsia
- Graviola
- Pinha
- Fruta-do-conde
- Mamão
- Uva
- Jaca
- Melão
Obs: Se for o tempo (época da fruta), utilize amoras e morangos na primeira e na última refeição. 

 Orientações retiradas do livro: Saúde pelas Plantas. Páginas 119 a 123. Eliza S. Biazzi. Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, São Paulo. 1994.

São recomendados também:
- Amendoim
- Banana
- Côco
- Figo
- Maçã
- Mamão
- Jaca
- Pêra
- Uva.

 Orientações retiradas do livro: Medicina de A a Z. Páginas 85 a 86. Carlos Nascimento Spethmann. Editora Natureza. Setembro de 2004. 7ª Edição.

 CHÁS e PLANTAS que estimulam a Lactação:
- Anis verde
- Melissa
- Urtiga
- Angélica
- Erva-doce
- Cidreira
- Hortelã"

Preparei as mamas durante essas semanas e hoje vou colocar os bebês pra mamar com a sonda! Enfim, espero mesmo que dê certo porque meu desejo sempre foi amamentar! OREM POR MIM risos. 

beijinho, beijinho, tchau, tchau! <3

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Planejar a gravidez na adolescência.

Oulá! Sofia e Caio deram um tempinho, e cá estou.
Então, eu participo da comunidade do BabyCenter, não ativamente, mas participo. No grupo "Mãe antes dos 20" existem infinitos tópicos sobre garotas de 14 a 19 anos que tentam ter bebês. Eu, antes de ficar grávida, não sabia que em algum lugar do planeta, em pleno século 21, existiam adolescentes que PLANEJAVAM a maternidade. 
 É sempre assim: uma garota diz que tentou por 1 ano (e eu por acidente engravidei de primeira, WHY????) e ficou grávida. Daí você vai olhar a "história" da mesma: "Comecei a ficar, depois de 1 semana sabia que ele era pra sempre, que a gente era feito um pro outro e decidimos ter um babyy' rsrs Juleison trabalha, minha familia apoia, temos condições de criar esse bebê e ele terá amor que é o que importa " Tá certo. A garota quer ter o babyy' rsrs, é um direito dela. Não é contra a lei engravidar antes dos 21 anos. Aí vêm a gestação. Longos 9 meses, que parecem o paraíso e o inferno misturados. A menina engorda, sente dores enquanto o corpo vai "alargando" (visto que uma menina antes dos +/- 20, não é preparada fisiologicamente pra ter um babyy' rsrs), a pele, muito nova que não possui tanta elasticidade, estica e as menos sortudas podem fazer até promessa, mas as estrias vêm. Os seios ficam grandes, você sente um calor de 40º quando na sua cidade tá fazendo 20º. Tem enjoos, tontura, sono, cansaço. Não dá pra dormir a partir das 26 semanas, porque você não acha posição confortável. Tudo que você quer é que o babyy' rsrs nasça logo, pra conhecê-lo e pra poder tirar pelo menos um cochilo às vezes. 
 Aí o babyy' rsrs nasce. Parece um conto de fadas, você não tá mais grávida e tem o amor da sua vida ali, nos seus braços. 
 Agora vamos por partes (falando a verdade nua e crua do que a garota de 15 anos vai sentir e pensar ao ter o bebê): 


  • Maternidade: ainda no hospital, é "aquela água". Gente te visitando, falando que o babyy' rsrs não é boneca. Sua mãe, ou a mãe de Juleison ficam te enchendo os pacová, falando que o babyy' rsrs tá com fome (SIM, a cada 20 minutos, ou menos). O babyy' rsrs, se nasceu antes das 36 semanas, ou depois das 40, é molão, não mama direito, e aquelas moças do aleitamento ficam te forçando a dar de mamar (o que é doloroso, exaustivo, chato.) Você tá cansada demais pra cuidar de um bebê, mas ele tá lá, é sua responsabilidade. Sabe aquele cochilo tão sonhado? Esquece. Pelo menos nos primeiros dias. Por mais que você consiga dormir, NUNCA mais vai ter sossego. Sua cabeça tá junto do babyy' rsrs, você só pensa nele. 

  •  Blues-puerperal: uma vontade louca de chorar, por qualquer motivo, que atinge 80% das mulheres que acabaram de dar a luz. É primo da depressão pós-parto (já já chegamos nela). Você se preocupa loucamente com o babyy' rsrs, imagina cenas do tipo: ele caindo, se sufocando, morrendo de fome. Você se sente mal com o seu corpo, que costuma ficar mais inchado após o nascimento do bebê. Você sente raiva do Juleison, da mãe dele, do cachorro dele. Você tem vontade de fugir quando o babyy' rsrs chora, ou quando tem que amamentar DE NOVO. Mas isso passa em, mais ou menos, 15 dias.

  • Depressão pós-parto: "Os especialistas ainda não sabem exatamente por que certas mulheres ficam deprimidas e outras não. Porém há certas situações que parecem aumentar o risco de uma depressão pós-parto. São elas: 

    • Já ter passado por uma depressão antes 

    • Depressão durante a gravidez 

    • Parto difícil 

    • Perda da própria mãe na infância 

    • Parceiro ou família ausentes 

    • Nascimento de um bebê prematuro ou com problemas de saúde 

    • Problemas financeiros, de moradia, desemprego ou perda de um ente querido " 

 babycenter

 - Muitas das meninas tentates, alegam ter sofrido depressão. Ta aí um fator de risco. 
 - Parceiros ou família ausentes. Já pensou se Juleison tem outra, ou simplesmente fica assustado com tudo que tá acontecendo e pica a mula?  Ou se seu pai/mãe para de falar com você? Já pensou se Juleison fica desempregado e a familia dele vira as costas? 
- Nascimento de um bebê prematuro ou com problemas de saúde. O que não é raro, já que você não tava fisiologicamente preparada pra ter um babyy' rsrs. Aliás, um dos fatores de risco pra ter bebê prematuro é ser menor de 18. 
Problemas financeiros, de moradia, desemprego ou perda de um ente querido. Vamos focar nos dois primeiros: Juleison fica desempregado, você vai morar com a sogra que mete o pitaco na criação do babyy' rsrs e você não pode falar nada, afinal, ela te sustenta. 
  
  Tudo descrito aí em cima, é matematicamente possível e provável que vá acontecer com garotas que planejam a gravidez achando que tudo é um mar de rosas. 

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